segunda-feira, 26 de julho de 2021

Children of Atom: Qual a origem dos poderes do grupo?

 A revista "Children Of The Atom" sofreu um breve adiamento durante o começo da pandemia de Covid-19 no ano passado, mas voltou esse ano e pode finalmente desenrolar o mistério de sua história aqui. Falamos aqui da primeira edição, onde descaradamente foi apontado que as crianças que compunham o tal grupo de jovens emulando os X-Men não podiam ser mutantes de verdade. Não foram detectados pelo cérebro e nem conseguiram passar pelo portal para Krakoa.


As edições que seguiram, foram focadas em continuar esse mistério e apontar vários caminhos que nos direcionariam para qual de fato era a origem dos poderes deles. Inicialmente cogitamos aqui que fossem "quimeras" de um experimento do Sinistro, mas não era esse o caso. Lá pra edição 3 vimos que eles foram inadvertidamente rumo ao espaço, e que passaram por um baita perigo e com muita sorte escaparam em cápsula de fugas até a terra. Muitos cogitaram que a origem dos poderes deles poderiam ser frutos de raios cósmicos recebidos na reentrada, mas também não foi o caso.


A viagem deles ao espaço em uma nave alienígena aleatória era de fato a fonte de seus poderes - não por meio de raios cósmicos ou qualquer outro tipo de radiação que acidentalmente eles tenham recebido. Eles chegaram intactos na Terra, mas acabaram trazendo com eles uma tecnologia alienígena fora de série. Por meio dessa tecnologia, eles foram capazes de elaborar equipamentos que secretamente lhes conferiram poderes quando usando tais artefatos. A página extra da edição #5 de Children of Atom explica em detalhes:


Beatrice "Buddy" Bartholomew, A.K.A Cyclops-Lass.Tecnologia de feixe de calor / corte a laser dentro de seu visor. As crianças teorizam que isso é tecnologia de soldagem.

Gabriel "Gabe" Brathwaite, A.K.A. Querubim. Voo por meio de propulsores que parecem asas e uma explosão sônica / acústica de uma ferramenta disfarçada de harpa de mão. As crianças teorizam que isso é tecnologia de mobilidade e demolição.

Carmen Maria Cruz, A.K.A. Gimmick. Absorção e manipulação de energia cinética e  capacidade de carregar objetos com essa energia por meio de manoplas / luvas - objetos carregados descarregam energia por meio de explosões controladas. As crianças teorizam que isso é algum tipo de tecnologia de escavação.

Benjamin "Benny" Thomas, A.K.A. Marvel Guy. Pode afetar seres vivos por meio de feromônios por meio de uma pequena ferramenta portátil incorporada em suas luvas - parece que é uma sugestão psíquica, mas está mais perto de uma sugestão empática induzida quimicamente. As crianças teorizam que essa tecnologia foi usada principalmente para limpar áreas de animais ou talvez como um controle de perímetro, já que não causa nenhuma alteração/dano duradouro.

Jason "Jay Jay" Thomas, A.K.A. Daycrawler, A.K.A. Nighty-Nightcrawler. Teletransporte de curto alcance de si mesmo e/ou de outros objetos por meio de um pequeno gerador de campo de teletransporte em seu cinto controlado por suas luvas, que funciona um pouco como dobrar espaço ou abrir um pequeno buraco de minhoca. As crianças teorizam que essa tecnologia ajudará na coleta de amostras: (Observação: a fumaça vem de uma pequena máquina de fumaça que Carmen montou para disparar sempre que Jay Jay se teletransporta.)


Os Filhos do Átomo também têm um capacete que bloqueia a telepatia - eles os tiraram do mercado negro de parafernália de mutantes. Alguns são peças de velhos capacetes Magneto que foram modificados e vendidos, outros são de origens desconhecidas. Carmen os modificou e incorporou aos figurinos.

A edição #5 traz finalmente a reunião entre os X-Men e os Filhos do Átomo lutando juntos contra uma nova formação de U-Men, aquele grupo que caçava mutantes para retirar seus órgãos e se tornar assim artificialmente especiais. Na hora da briga, os vilões já tinham tecnologia que causava náuseas e dor de cabeças em mutantes, o que impediu o grupo de X-Men de atacar. E foi a vez dos Filhos do Átomo brilharem. Só que tem um adendo. Carmen (Gimmick) também sentiu as dores. E isso levou a conclusão (como algumas edições atrás foi sugerido) que ela acabou de despertar seus poderes mutantes. Ao brincar de X-Men, ela acabou de fato virando uma.

Ao final da edição Children Of The Atom # 5 vemos Ororo visitando os adolescente e fazendo o convite para a Carmen se juntar a Krakoa. O grupo todo também deve participar do Hellfire Gala (numa edição atrasada ligada a festa que só sairá na edição #6) e esse deve ser a despedida dos amigos assim como o fim da minissérie. Mas será que o grupo adolescente continuará sua vida de vigilantes mesmo com a lei kamala rolando por aí?

Confesso que criei expectativas demais pra essa minissérie. Eu esperava que ela fosse mostrar as origens das quimeras dos Sinistros ou fosse algo mais rebuscado. Calhou de ser apenas um grupo de adolescentes que eram tietes dos mutantes e queriam a todo custo ganhar o espaço pra ser um deles e viver entre eles. Talvez se tivesse lido sem tentar imaginar de mais tivesse gostando mais da minissérie. Mas vamos ver o que o final nos reserva...

Coveiro

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