quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Streamings da Disney superam o número de assinantes da Netflix pelo mundo

 


A Walt Disney Co. impulsionou um forte trimestre de junho, com destaque para um ganho de 14,4 milhões em assinantes de streaming Disney+ e uma recuperação robusta na receita dos parques temáticos – superando as expectativas dadas pela Wall Street na maioria das métricas. Os clientes pagos do Disney+ chegaram a 152,1 milhões em 2 de julho, o final do terceiro trimestre fiscal de 2022 do conglomerado. A captação de 14,4 milhões para o principal streamer superou as previsões dos analistas de um ganho sequencial de 10 milhões.

A Disney registrou US$ 21,5 bilhões no faturamento do trimestre encerrado em 2 de julho, um aumento de 26% ano a ano e impulsionado por um aumento de receita de 70% no segmento de parques, experiências e produtos. O lucro líquido aumentou 53%, para US$ 1,4 bilhão, traduzindo-se em ganhos ajustados de US$ 1,09 por ação. Analistas de Wall Street, em média, esperavam que a receita da Disney chegasse a US$ 20,62 bilhões, com ganhos de US$ 1,00 por ação, segundo dados da Refinitiv.

O forte ganho para o Disney+ ocorre quando a Netflix, líder da categoria, perdeu inscritos no primeiro semestre de 2022, enquanto a Warner Bros./Discovery disse que os clientes locais do HBO Max e do Discovery+ diminuíram no segundo trimestre.

Em contrapartida, nesta quarta-feira, a Disney anunciou aumentos de preços no quarto trimestre do calendário de 2022 para Disney+ e Hulu, bem como uma data de lançamento em 8 de dezembro para a versão do Disney+ com anúncios nos EUA. Com isso, as ações da Disney subiram mais de 6% nas negociações após o expediente.

De acordo com a Variety, o preço do Disney+ o recém-nomeado Disney+ Premium, a versão sem anúncios do serviço, custará US$ 10,99/mês e entrará em vigor em 8 de dezembro. Já o Disney+ Basic, uma versão que incluirá anúncios numa frequência de cerca de 4 minutos por hora, custará US$ 7,99/mês.

“Tivemos um trimestre excelente, com nossas equipes criativas e de negócios de classe mundial impulsionando um excelente desempenho em nossos parques temáticos domésticos, grandes aumentos na audiência de esportes ao vivo e um crescimento significativo de assinantes em nossos serviços de streaming”, disse o CEO da Disney, Bob Chapek, em comentários pra imprensa.

A Disney agora conta com 221,1 milhões de assinaturas totais em todo o mundo em suas ofertas de streaming, que incluem Disney+, Disney+ Hotstar, Hulu e ESPN+ - ficando à frente da Netflix, que encerrou o segundo trimestre com 220,7 milhões.

A maioria dos ganhos do Disney+ no trimestre mais recente ocorreu fora dos EUA e Canadá, onde o serviço pegou apenas 100.000 para atingir 44,5 milhões. Os assinantes internacionais do Disney+ aumentaram 6 milhões no trimestre, para 49,2 milhões, enquanto o Disney+ Hotstar – disponível na Índia e no Sudeste Asiático – aumentou 8,3 milhões para atingir 58,4 milhões. A Disney+ principal gerou receita mensal média por assinante de US$ 6,29 (aumento de 3% ano a ano), em comparação com US$ 1,20 do Disney+ Hotstar (aumento de 54%).

Na teleconferência de resultados do trimestre, a CFO Christine McCarthy disse que a empresa espera que as adições líquidas do Disney+ (excluindo o Disney+ Hotstar) “acelerem modestamente” no trimestre de setembro em relação ao terceiro trimestre fiscal, “particularmente no mercado americano”. O serviço Hulu, exclusivo dos EUA, ganhou 600.000 assinantes pagos, atingindo um total de 46,2 milhões; que inclui 4,0 milhões de clientes de TV ao vivo — estável em relação ao trimestre anterior. A ESPN+ conquistou 500.000 clientes sequencialmente, chegando a 22,8 milhões.

Ainda na conferência, Bob Chapek fez questão de destacar o sucesso da Marvel nos cinemas e seu retorno financeiro. Usou o exemplo de Thor: Amor e Trovão (2022) e Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022), que arrecadaram US$ 700 milhões e quase US$ 1. bilhões em todo o mundo, respectivamente. “Eu não poderia estar mais orgulhoso das equipes da Disney, Pixar, Marvel e Star Wars”, disse Chapek. Bob Chapek também disse que as séries da Marvel Studios no Disney Plus atraem um público que não era engajado com conteúdos da Marvel anteriormente.

Coveiro

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