Miriam Shor (Younger; The Good Wife) e Nico Santos (Crazy Rich Asians; Superstore) interpretam os Registradores Vim e Theel, respectivamente, em Guardiões da Galáxia vol.3. São dois seres criados pelo nefasto Alto Evolucionário, que desempenham um papel crítico na segunda metade do filme, principalmente. Em conversa com o site ComicBookMovie, Shor e Santos falaram sobre a história de fundo que criaram para seus personagens, suas cenas finais explosivas e como foi pisar em um set da Marvel pela primeira vez, entrando em todas aquelas próteses e muito mais!
CBM: Como Rocket, tanto o Registrador Vim quanto o Registrador Theel são criações do Alto Evolucionário. Que tipo de história você criou para seus personagens?
MIRIAM: Bem, eu meio que a via como alguém que se vê como uma cientista imparcial, certo? Como uma observadora, porque é isso que eles são, eles registram, eles não estão aqui para se envolver emocionalmente. Eles estão aqui para um propósito maior, que é a ciência disso, certo, a criação disso. Ela é uma fanática e acredita que ela e sua missão são da mais alta ordem possível. Então, essa foi a minha interpretação, e eu realmente não acredito nisso em nada, exceto talvez na ciência. Então, eu estava tipo, ok, se eu posso vê-la como alguém que realmente acredita na ciência disso, então eu posso concordar com isso.
NICO: Sim. Quero dizer, resposta maravilhosa, tudo isso foi muito bem dito. Acho que para Theel, também o vi como uma espécie de sobrevivente. Ele é sobrevivência a qualquer custo, e sua proximidade com o poder é o que ele realmente era, mais ou menos, como seguir em frente e o fato de que ele era um dos principais capangas do Alto Evolucionário e, e poderia agir de uma maneira muito maligna e de uma maneira maliciosa, sabendo que, você sabe, esse cara vai chutar o traseiro de todo mundo, porque ele está cumprindo suas ordens, era como outra camada que eu queria colocar em Theel porque ele é do tipo você não pode me tocar. Esse cara vai me proteger.
MIRIAM: Sim, exatamente. Quem vai mexer com o Alto Evolucionário? Ninguém!
CBM: Nico, seu personagem tem uma cena de morte bastante explosiva - você pode me contar mais sobre aquele dia e filmar aquela sequência excitante com Chris Pratt e Groot?
NICO: Quando li o roteiro, pensei, uau, essa é uma maneira de morrer. Foi realmente como morrer, mas acho que aquele dia foi um grande dia no set. Tivemos as cenas com Miriam e Chuk, e Chris Pratt e Groot estavam lá, você tinha todos os guardas do Registrador e os outros Registradores e o enorme cenário e acrobacias e explosões acontecendo. Foi provavelmente o único momento em que eu pensei, estou em um filme da Marvel, porque tudo o que você vê nos filmes da Marvel está acontecendo agora, e foi realmente apenas um daqueles momentos de beliscão, tipo, eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Isso é tão legal. Então, quer dizer, era basicamente isso que passava pela minha cabeça naquele dia.
MIRIAM: Lembra daquele ventilador gigante naquele dia? Eles trouxeram esse ventilador e então imagine, quando digo ventilador gigante, imagine um ventilador, sei que você está imaginando um ventilador gigante, uma máquina que é 1000 vezes maior que isso. E nós pensamos, ligue! Quero dizer, isso é uma metáfora de quão grande isso é, para a grandeza, o mais Marvelesco de todos esses momentos. Foi realmente isso.
NICO: Fiquei me perguntando quantas Beyonces temos no set hoje, porque aquele ventilador é realmente enorme.
CBM: Por outro lado, Miriam, sua personagem realmente escolhe se rebelar contra o Alto Evolucionário e encena uma espécie de motim, que também não termina bem para ela. Qual foi sua abordagem para os momentos finais de Vim e sua grande decisão?
MIRIAM: Eu sou meio que fascinada pelo que leva as pessoas a seguirem as piores pessoas do mundo, na vida real, e este foi um espaço seguro para fazer essa pergunta, que é o que a ficção científica faz de melhor é perguntar a essas pessoas grandes questões, e você pode se divertir fazendo isso, mas é uma grande questão. É uma pergunta que devemos fazer, porque nenhum líder pode conseguir nada a menos que haja seguidores e pessoas que cumpram suas ordens, e é assim que o pior mal é feito, é com os seguidores.
Então, fiquei curiosa com aquele momento em que a pessoa percebe: Ah não, estou passando dos limites agora, não quero. Eu quero colocar um freio nisso, como se aquele momento fosse muito intenso. Além disso, todo o filme questiona o que você foi criado para fazer, certo? Tipo, trata-se de questionar o seu Criador, e o Alto Evolucionário é o nosso Criador, então essa é a linha principal ao longo de todo o filme. Essa ideia de, quem me fez? Por que fui feito assim? E eu tenho que seguir o destino que foi determinado pela forma como fui criado, sabe? E ela tenta alterá-lo... É um esforço valioso.
CBM:Vocês dois estão praticamente irreconhecíveis no filme - quanto tempo durou o processo de prótese e maquiagem? E como isso te ajudou a entrar no personagem?
MIRIAM: Foram cerca de três horas? Foi um pouco menos para você? Ou era mais ou menos o mesmo?
NICO: Foi um pouco menos para mim, começamos, reduzimos para duas horas e meia e depois no final desta filmagem, reduzimos para duas horas, mas foi um processo. Era como se você tivesse que cortar o cabelo. Eles cortaram nosso cabelo bem curto, para cabermos na touca careca. Então, houve o corte de cabelo, depois as próteses e toda a maquiagem e, obviamente, fazer as próteses, tivemos aquela sessão no Legacy Studios, onde tínhamos o elenco e tudo. Foi uma experiência tão surreal ter que passar por esses ajustes e moldes e todas essas coisas. Foi maravilhoso.
MIRIAM: Eu adoro isso. Adoro sentar em uma cadeira de maquiagem e me ver no final e não me reconhecer e ver algo tão completamente diferente de você. É psicologicamente muito estranho, mas ao mesmo tempo, eu adoro isso. Isso ajuda você a entrar nessa mentalidade. Você deveria estar em outra galáxia e isso realmente ajuda você a chegar lá. Você se sente outro, você se sente de outra galáxia.
NICO: É uma maneira definitiva de entrar no personagem. Acho que para outros papéis que interpretamos, e não sei se você se sente assim, Miriam, mas nunca interpretei um ser alienígena antes, então entrar no personagem foi um processo diferente. Mas, com este, passando por esse processo todos os dias de colocar próteses e maquiagem e depois se ver em trajes completos, você fica tipo, oh, ok, então o personagem se infiltra e você pode estar pronto.
MIRIAM: Tudo sobre isso. Eu amo o figurino e a maquiagem, tudo isso - eu venho do teatro, tudo que eu posso usar, para me dar ferramentas para me sentir diferente, para sentir que posso entrar naquele personagem, eu amo. E, sendo um fã, vá ao Legacy e faça um elenco e depois vá ao workshop e veja como eles fazem isso. Meu Deus, eu estava no céu. Foi como se Willy Wonka entrasse e eu pensasse, oh meu Deus, estou em casa!
CBM: James Gunn parece ser uma pessoa realmente incrível para se trabalhar e parece que seu elenco e equipe o amam genuinamente. Agora que vocês dois tiveram a chance de trabalhar com ele, o que você pode dizer sobre sua experiência e por que ele provoca um forte senso de lealdade de qualquer pessoa que entra em um de seus sets?
MIRIAM: Sim, porque é um sonho trabalhar com ele. Um sonho. Ele foi tão acolhedor. Nós éramos novos nisso. Me senti acolhida, me senti acolhida, senti que ele valorizou o que eu trouxe. Eu senti que ele estava aqui para jogar, sabe, da melhor maneira possível. Ele queria que eu trouxesse o que eu trouxe, e ele respeitava e apreciava isso. Em um projeto tão grande, isso não é um dado adquirido. É um grande navio para o capitão.
Então, tudo meio que vem dele. Acho que é por isso que todo mundo pensa, sim, vou segui-lo aonde quer que ele vá, ele atrai esse tipo de lealdade, porque ele cria - a maneira como você se sente quando está em um teatro escuro e é uma criança, e aquela tela se ilumina, e você acredita na possibilidade de tudo o que pode acontecer. Essa é a vibe que ele traz no set, você pode dizer que ele adora.
NICO: É um cenário realmente intimidador de se entrar, porque é uma franquia tão amada. James Gunn é um diretor lendário, o elenco é como, quero dizer, todos são grandes estrelas de cinema e, portanto, entrando nesse tipo de ambiente, você simplesmente não sabe o que vai encontrar e como as pessoas serão receptivas e, não apenas com James, mas cada pessoa, de Chris Pratt, a Zoe a todos, como os chefes de departamento.
Todos queriam ter certeza de que estávamos confortáveis, que tudo o que eles pudessem fazer para garantir que estávamos dando a eles o desempenho que precisávamos dar e que estávamos fazendo nosso trabalho corretamente. Ninguém nos fez sentir estúpidos por pedir algo, fazer uma pergunta ou imaginar como deveríamos abordar uma cena. Foi tudo muito, muito colaborativo, e essas experiências, especialmente para filmes tão grandes como este, não são dadas. Portanto, poder ter essa experiência para um projeto tão grande é alucinante e fenomenal.
Com direção e roteiro de James Gunn, Guardiões da Galáxia vol.3 terá de volta os nomes de Chris Pratt como Peter Quill, Zoe Saldana como Gamora, Karen Gillan como Nebulosa, Dave Bautista como Drax, Pom Klementieff como Mantis, Sean Gunn como Kraglin e também o stand in do Rocket, Bradley Cooper como a voz do Rocket Racoon, Vin Diesel como Groot e Elizabeth Debicki como Ayesha. Os novos nomes que se juntam são Will Poulter como Adam Warlock, Chukwudi Iwuji como Alto Evolucionário e Maria Bakalova na voz de Cosmo.
Coveiro
