segunda-feira, 5 de julho de 2021

Grandes Histórias Marvel no Brasil: As edições especiais e minisséries de luxo da Abril


As edições especiais publicadas a partir de 1985 tiveram um ótimo resultado para a Abril. E a partir de 1986, com o sucesso de "Guerras Secretas", a editora publicaria muitas delas no decorrer de suas edições. Uma coleção chamada Marvel Especial vinha com várias histórias clássicas com arcos de histórias completas, publicadas sempre em duas edições aos finais de cada ano. Marvel Especial números 01 e 02, editadas em outubro e novembro de 1986, apresentavam todos os encontros na história entre o Homem- -Aranha e o seu cruel inimigo, Duende Verde. Eram as aventuras clássicas de Stan Lee, Steve Ditko, John Romita e Gil Kane, publicadas em Amazing Spider Man, que foram publicadas pela Ebal e a Bloch. 

Somente a edição n° 02 apresentava uma história inédita, até então, publicada em Spectacular Spider-Man n° 02, com desenhos de John Romita. As capas das duas primeiras edições de Marvel Especial foram desenhadas pelo brasileiro Watson Portela. A edição nº 03, com um compilado com as melhores histórias de Thor, de John Buscema. A nº 04, com grandes batalhas do Universo Marvel, estrelando Hulk, Surfista Prateado e Mestre do Kung-Fu. A edição nº 05, com as histórias clássicas do Surfista, de Stan Lee e John Buscema. Marvel Especial nº 06, com as aventuras dos X-Men e do Homem-Aranha na Terra Selvagem. As edições nº 07 e 08, reapresentando a Saga da Fênix Negra. E as edições nº 09 e 10, com histórias do Capitão América, com desenhos de Jim Steranko, John Romita, Sal Buscema e Jack Kirby. Marvel Especial foi a primeira experiência da Abril com os personagens em relação ao que se apresentava em uma revista mensal. Depois da trimensal Grandes Heróis Marvel, os personagens de Stan Lee e Jack Kirby ganhavam edições em novos formatos, consolidando ainda mais a Marvel no Brasil. 

“Os especiais vem atrás do sucesso de Grandes Heróis Marvel”, conta Jotapê, um dos responsáveis pela ascensão da Abril com a Marvel. “Quando as revistas começaram a vender mais, começaram a surgir mais revistas. E aí foi lançado Grandes Heróis Marvel que trazia situações especiais a cada três meses. Foi natural a Abril pensar em publicações maiores, muito no estilo da revista Disney Especial. A Abril já fazia Disney Especial e com os personagens da Marvel e DC vendendo bem, começaram a expandir para as edições especiais”, revela. 

Wolverine, o mutante canadense, cairia nas graças dos leitores com suas histórias solo, longe dos X-Men. Com o sucesso das histórias dos X-Men, desde a fase Cockrum e se tornando um fenômeno nas mãos de John Byrne, o personagem, que tinha a sua origem desconhecida e envolvida em uma névoa de mistérios, atrairia muitos leitores. Quem era ele? Como seu esqueleto foi revestido por adamantium? Por que o governo canadense estava atrás dele? E como falava japonês tão fluentemente? As respostas demorariam um pouco para serem respondidas. Wolverine foi o primeiro personagem dos X-Men a ganhar uma história própria. Em forma de minissérie, a Abril publicaria, em 1987, quatro edições dessa primeira fase solo. 

E posteriormente, uma edição em sua versão encadernada. Nessa história, é mostrado um pouco da sua ligação com o Japão, em especial a Mariko Yashida, um amor do passado com quem acabaria se casando, em honra ao seu pai, Lorde Shingen. Escrita por Chris Claremont e desenhada por Frank Miller, a célebre frase “Eu sou Wolverine. Sou o melhor no que faço. Mas o que eu faço não é nada bonito” definiria o personagem na editora e o estabeleceria como um dos maiores do Universo Marvel. Em 1986, a Marvel comemorava os 25 anos do lançamento de Fantastic Four n°01. Para celebrar esse acontecimento, o editor da Marvel, Jim Shooter, criaria um novo universo com novos personagens.

 Mesmo sendo uma boa sacada da editora, o novo universo não teria uma vila longa, e logo seria descontinuado. A Abril publicaria alguns desses novos personagens em duas revistas em formatinho: Força Psi e Justice, trariam alguns desses novos personagens. Trovão (Spitfire And The Troubleshooters), Força Psi (Psi-Force), Justice e Estigma: A Marca da Estrela (Star Brand). Assim como nos EUA, o novo universo não foi bem-sucedido, e no Brasil cada revista teve apenas 12 edições publicadas. “Pelo que me lembro, o material foi mal lá nos EUA. E aqui não emplacou, de jeito nenhum. De todos os títulos, o que teve maior aceitação foi o Star Brand (Estigma), que era o melhorzinho mesmo”, assinala o editor da época, Leandro Luigi Del Manto.

No Brasil as revistas encalharam, e até hoje são encontradas em profusão nos sebos físicos e online no Brasil. Conan ganharia a sua versão em cores em A Espada Selvagem de Conan em Cores. A publicação, que não era uma revista mensal, era veiculada sem uma ordem estabelecida de lançamento. O primeiro número, publicado em janeiro de 1987, seria publicado até a edição n° 13, em setembro de 1991. Outra série do Conan pela Abril foi uma pequena coleção chamada Conan Especial. A nova publicação reapresentava histórias já publicadas em A Espada Selvagem de Conan. Conan Especial teve apenas cinco edições, lançadas entre 1989 e 1990. Com a nova leva de séries pipocando no Brasil e a ascensão de Wolverine, a Abril começaria a publicar outra séries do “Carcaju”. Em 1989, a minissérie estrelada por Wolverine junto com Kitty Pryde seria publicada também em formatinho, com Wolverine & Kitty Pryde, uma minissérie em duas edições. Aproveitando a onda dos especiais, as histórias de Frank Miller com a sua ninja assassina Elektra seriam compiladas em uma minissérie. As clássicas histórias do Demolidor foram compiladas em uma minissérie chamada A Saga de Elektra, que seria republicada em seis edições. Logo depois, Thor, com a fantástica fase de Walt Simonson, ganhava a sua série especial. A minissérie em seis edições mostrava a história conhecida como “Saga de Surtur”. Essa série não foi publicada nos EUA como uma mini. A Abril fez um compilado, publicando no Brasil nesse formato. As histórias publicadas correspondem à sua série original, publicadas em Thor, do n° 349 até o nº 355. O mesmo aconteceu com o Homem de Ferro. O personagem também ganhou a sua mini em 04 edições, com os desenhos de John Romita Jr, que posteriormente foi publicada em um formato encadernado. 


Com o sucesso dos X-Men em Superaventuras Marvel, a equipe também ganharia a sua minissérie em 04 edições. Desde o fim dos anos 1960 que a equipe mutante não tinha uma revista com o seu próprio título. As histórias publicadas em The Uncanny X-Men números 171 a 175, com desenhos de Paul Smith, foram mostradas nessa minissérie, que depois seria reprisada em X-Men Especial. Em duas edições, X-Men Especial contava com republicações da minissérie completa na primeira edição, e a edição n° 02, com a republicação da história “Dias de um Futuro Esquecido”. Depois dessas edições especiais, a Abril começaria a estudar a possibilidade dos X-Men terem a sua própria revista. Outras edições especiais publicadas foram: uma edição de “ Os Vingadores apresentam Visão e Feiticeira Escarlate”, mostrando parte da origem da Feiticeira, e Demolidor Especial em três edições. A primeira, com reprises das histórias clássicas de Frank Miller; a segunda, compilando a saga “A Queda de Murdock”; e a terceira, com histórias inéditas de Denny O’Neil e David Mazzucchelli. Essas histórias publicadas na edição 03 ficam situadas entre as edições 01 e 02. Com a saída de Miller do título do Demolidor, a Abril acabou por não publicar essa fase em SAM, entrando direto nas histórias de “A Queda de Murdock”. Somente na edição especial n°03, anos depois, a editora, enfim, publicaria essas aventuras perdidas. Com o sucesso das minisséries, a Abril expandiu suas publicações para além dos formatinhos. Com o surgimento das matérias em formato maior e papel de melhor qualidade, a editora inaugurou uma nova linha de revistas em quadrinhos. Os formatinhos ainda dividiam opiniões. Mesmo com as boas vendas, parte dos leitores já estava acostumada, mas outros, ainda não aceitavam e não gostavam muito do formato. Com a criação de novos selos, e de novos trabalhos em edições especiais, a Abril, aproveitando o ensejo, investiria nas edições mais caprichadas, em papel couché, chamadas “Edições de Luxo”.

 “O que aconteceu, nessa época, foi o nosso contato com o que ocorria no mercado americano. Surgiram nos EUA, na metade dos anos 1980 mais ou menos, aquele ‘boom’ de editoras independentes, como a First, Comico Comics, Pacific Comics, entre outras editoras. Todas elas tinham esse diferencial com conteúdo adulto, com temas mais polêmicos. Os temas eram mais fortes, fugindo daquele dia a dia de ‘arroz com feijão’ dos super-heróis. E quando a DC lançou Dark Knight, foi um sucesso editorial esplendoroso, na época. Uma coisa que ninguém imaginava. Isso, por si só, já foi o suficiente para convencer o pessoal da Abril a trazer esse material para o Brasil. Se vendeu bem lá, vai vender aqui também. Foi um sucesso gigantesco quando saiu por aqui”, lembra o editor Leandro Luigi Del Manto.

 A Abril inaugurou as séries de luxo publicando o que tinha de melhor com alguns dos maiores clássicos dos quadrinhos modernos. Considerada por muitos como a melhor história do Batman em todos os tempos, a minissérie Batman, o Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight Returns) chegava às bancas em abril de 1987. E como não podia ser diferente, a história escrita e desenhada por Frank Miller faria um tremendo sucesso. Batman, o Cavaleiro das Trevas abriu as portas para o novo formato no Brasil. A primeira minissérie de luxo Marvel a ser publicada nesse formato foi “Elektra Assassina”. Totalmente diferente dos padrões tradicionais do estilo Marvel, a arte surrealista, belamente desenhada por Bill Sienkiewicz, impressiona. A história, escrita pelo seu criador Frank Miller, mostra um momento na vida de Elektra, antes dos fatos apresentados nas histórias do Demolidor. Depois de despertar em um manicômio, Elektra investiga um caso em que acredita que um dos candidatos à presidência estadunidense, Ken Wind, foi possuído pela Besta, líder da organização Tentáculo. Ken Wind pretendia iniciar a Terceira Guerra Mundial, planejando bombardear a antiga União Soviética com armas nucleares. Voltada para o público mais adulto, a revista vinha com a frase “Desaconselhável para menores de 16 anos”. A série foi publicada em 1988, em quatro edições e, posteriormente, em edição encadernada.



No mesmo ano, a editora trouxe a coleção Graphic Novel para o Brasil. Extraída da coleção original Marvel Graphic Novel, a Abril criaria essa coleção publicando as Graphic Novel da Marvel e de outras editoras. Em formato maior (21 x 27,5 cm), claramente inspirado no estilo europeu, a coleção apresentava somente histórias fechadas, com um acabamento superior à linha mensal da Marvel. 

“Com as Graphic Novel, a gente intercalava. Eu editava uma, e o Sérgio Figueiredo editava outra. Naquela época, tinha muita coisa boa. Foi o surgimento dos quadrinhos de luxo. Começou a ter essa coisa de quadrinhos de luxo, que não necessariamente eram quadrinhos adultos. Até então, não tinha essa distinção de quadrinhos adultos e de quadrinhos juvenis e infantis. Era tudo uma coisa só. A Abril inaugurou esse nicho no mercado. O fato de o Cavaleiro das Trevas sair em formato maior, em papel diferenciado, causou um rebuliço. Foi um sucesso na época. E casou muito bem o conteúdo da revista ser completamente diferente do que a gente estava acostumado. Na época, calhou da Abril lançar muita coisa boa e revolucionária, como Cavaleiros das Trevas, Watchmen, Fusão e Ronin, de Frank Miller”, comenta Leandro Luigi.

 A edição de estreia de Graphic Novel vinha com a história dos X-Men chamada "God loves, Man kills" ("Deus ama, Homem mata"), mas no Brasil a aventura foi traduzida como “Conflito de uma Raça”.  Graphic Novel n°02 conta com mais uma história do Demolidor, chamada “Amor e Guerra”, da mesma dupla de "Elektra Assassina" – Frank Miller e Bill Sienkiewicz. A edição n° 03 apresenta uma das histórias com morte de personagens mais impactante já produzidas pela Marvel, com a “Morte do Capitão Marvel”, por Jim Starlin. Em Heróis da TV n° 16, foi apresentada a história publicada em Captain Marvel n° 34, chamada “O Homem que Explodia”. Na aventura, o Capitão Marvel enfrenta um vilão chamado Nitro. Durante a luta, o Capitão Marvel tenta selar uma bomba, liberada por Nitro, e o Capitão acaba consumindo boa parte de todo o gás. As consequências dessa luta viriam tempos depois, quando o Capitão descobriria que tinha adquirido câncer, por consequência da radiação do gás. A emocionante história publicada em Graphic Novel n° 03 faz um parâmetro geral de sua vida, até a descoberta da doença. Mesmo com a ajuda do Dr. Estranho, Reed Richards, Mentor e diversos outros cientistas, tentando a todo custo descobrir uma cura, o soldado Kree acabaria morrendo na frente de todos os heróis. Então, foi ao encontro do seu maior inimigo, Thanos, sendo levado, em definitivo, ao encontro da Morte. A Marvel inovaria com a sua morte. Em histórias onde geralmente os personagens morrem em combate, o poderoso guerreiro Kree padeceria pela doença. 

Outra publicação na coleção Graphic Novel foi a do Homem-Aranha, com a história chamada “Marandi”, por Bernie Wrightson, na edição n°04. Na edição n° 06, seria publicada a primeira Graphic Novel gerada por computador, com a história chamada “Crash”, estrelada pelo Homem de Ferro. Da série Epic, “A Era Metalzóica”, por Pat Mills e Kevin O’ Neill, e “Void Indigo”, por Steve Gerber e Val Mayerik, ilustraram as edições 09 e 10. Graphic Novel n° 11, com a história “Parábola”, apresentava o Surfista Prateado com roteiros de Stan Lee e com desenhos do grande artista francês Moebius. Essa aventura não faz parte da linha Graphic Novels. Nos EUA, “Parábola” foi publicada pelo selo Epic. Completavam a coleção as edições n°13, com os “Contos de Asgard - A Bandeira do Corvo”, por Alan Zelenetz e Charles Vess; a edição n° 14, com as aventuras cômicas do personagem Groo, o Errante, de Sergio Aragonés, com a história “A morte de Groo”; “Legião Alien”, na edição n°15; "O Sombra”, na n°16; “Dr. Estranho, Shamballa”, na n° 17; e “Wolverine/Nick Fury: Conexão Scorpio” na edição n°20, por Archie Goodwin e Howard Chaykin. A coleção teve 29 edições publicadas e terminaria com algumas histórias europeias, em junho de 1992.


 A Abril publicou mais duas coleções no estilo da Graphic Novels. A primeira com o nome Graphic Album, iniciada em fevereiro de 1990. A nova série teve apenas seis edições publicadas, e somente as edições 01 e 06 com histórias da Marvel. A edição de estreia foi com “Drácula - uma sinfonia de pesadelos ao luar”, pintada com rara beleza por John J. Muth. Essa série foi publicada pela Marvel em 1986, pelo selo Epic. Na edição 06, a edição “Elektra Vive! ”, a história escrita e desenhada por Frank Miller - foi a última vez que Miller desenharia para a Marvel. A história foi uma despedida de Miller com a personagem, sepultando de vez a sua maior criação. Mesmo com o desfecho, a Marvel ignoraria essa história, trazendo anos depois a ninja assassina de volta à vida. A outra série nessa linha foi a coleção Graphic Marvel, publicada a partir de maio de 1990. De destaque, vale ressaltar a primeira edição, estrelada pelo Hulk e o Coisa, de Jim Starlin e Bernie Wrightson. E também a sensacional Mulher-Hulk, de John Byrne, na edição n° 04 e a fantástica história do Dr. Estranho e Dr. Destino, chamada “Triunfo e Tormento”, na edição nº 05, de Roger Stern e Mike Mignola. Também vale lembrar a edição n° 09, com uma aventura do Surfista Prateado sem quadros, contada em páginas inteiras, da dupla clássica do personagem, por Stan Lee e John Buscema. A série teve 17 edições, publicadas entre 1990 e 1993. A Abril não publicou toda essa série, algumas edições permanecem inéditas até hoje por aqui. Pelo selo Epic, a Abril ainda publicaria "Vídeo Jack", em três edições, e "Blood: Uma história de sangue", de J.M. DeMatteis & Kent Williams, em quatro edições (hoje a série não faz mais parte da linha) e posteriormente em uma edição encadernada.


 No universo Marvel, a história “Wolverine & Destrutor – Fusão”, foi uma história de conspiração com os mutantes, escrita pelo casal Walt Simonson, Louise Jones Simonson e com os belos desenhos de John J. Muth e Kent Williams, em quatro edições. A série Hellraiser, inspirada na obra do escritor britânico Clive Barker, foi adaptada pela Marvel, com arte feita por John Bolton e Bernie Wrightson, entre diversos outros artistas. A minissérie foi publicada em 04 edições, em 1991. Ainda na obra de Clive Barker, a Abril publicaria a série Raças das Trevas, em 10 edições. Um dos personagens mais famosos lançados pela Epic seria o caçador de super-heróis alucinados, chamado Marshal Law. Criado em 1987 por Pat Mills e Kevin O’Neill, Marshall Law ganhou uma minissérie em seis edições e uma edição especial, “Crime & Castigo”. O selo Epic fez um relativo sucesso, tanto nos EUA quanto no Brasil, e foi com a linha Epic que a Editora Abril abriria novamente um precedente para seus concorrentes, no caso a Editora Globo, que estava reestruturando seu departamento de quadrinhos.  Para entender mais é clicar nesse link!!! 




Se hoje o mercado é encharcado com diversas edições de diversas editoras, podemos dizer que as sementes foram plantadas pela Abril a partir da metade da década de 1980. E não era para menos, o material do período era espetacular, e a Abril, sabiamente aproveitou do momento para trazer o que tinha de melhor naquele momento. 

Obs: Algumas imagens foram adquiridas através do site Guia dos Quadrinhos!


 Alexandre Morgado

Alexandre Morgado é cartorário do 15° Tabelionato de São Paulo. É também autor do livro "Marvel Comics - A Trajetória da casa das ideias no Brasil", livro que narra a história da Marvel em nosso país, que está ganhando uma nova edição para esse ano. O autor possui um acervo gigante de HQs, principalmente com material da Marvel Comics.


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