O filme do Pantera Negra é ovacionado por todo o mundo. Mas não é perfeito. Há muitas críticas as cenas finais nas minas de vibranium quanto aos efeitos especiais. O artista de efeitos visuais do Pantera Negra, Todd Sheridan Perry, sentou-se com Inverse para falar sobre o que deu errado durante a batalha final do filme do UCM de 2018 em relação a seus efeitos visuais.
Perry admitiu pela primeira vez que há um tipo diferente de pressão quando se trata de atingir o prazo para terminar os efeitos visuais do filme e disse que "Cai diretamente sobre os ombros dos estúdios que definem uma data de lançamento e depois trabalham para trás a partir daí. O tempo não é suficiente para corresponder à ambição do projeto."
Pantera Negra foi confirmado para ter mais de 2.000 imagens de efeitos visuais, incluindo algumas totalmente CG, como as fotos aéreas de Wakanda e sua sequência de abertura. Apesar de ser aclamado pela crítica, muitos criticaram a batalha final do filme, especificamente sobre a luta entre T'Challa e Killmonger nas minas de vibranium abaixo de Wakanda. Perry concordou com os sentimentos dos telespectadores sobre aquele momento. "Ele falha em algum momento" admitiu.
A matéria mencionou que uma decisão tardia tomada pelo estúdio levou a um aumento da carga de trabalho que seria demais para cumprir o prazo. O veterano artista de efeitos visuais continuou observando o fato de que o terceiro ato do filme tem muito o que fazer em cima do duelo de T'Challa e Killmonger:
“Havia várias coisas acontecendo no terceiro ato. Há Pantera Negra e Killmonger no mano a mano. Há uma perseguição de veículos pelos desfiladeiros. Há uma grande batalha nos campos acima.”
Quando perguntado se essa sequência específica foi concluída em apenas seis semanas, Perry desmascarou as alegações, revelando que a "A luta Pantera Negra/Killmonger sempre foi planejada e passou por uma previsualização, mas a batalha tribal lá em cima não parecia grande o suficiente. A Marvel disse que queria que fosse épico como se houvesse centenas de pessoas lutando."
Method Studio, a empresa de efeitos visuais para a qual Perry estava trabalhando, estava desenvolvendo os visuais para a luta contra a mina de vibranium e a batalha de Wakanda acima do solo, com mais recursos sendo investidos na luta nas planícies de Wakanda, em vez de serem distribuídos igualmente. Perry revelou que a Marvel disse ao Method que eles tinham muito trabalho à mão, levando o restante da luta de Killmonger e T'Challa a ser atribuído a outro estúdio, o DNEG.
No entanto, havia um problema. Dado que os dois estúdios utilizam softwares diferentes, isso significa que compartilhar ambientes CGI ou rigs de personagens "não é uma tarefa trivial". Como resultado, Perry revelou que o estúdio teve que recuperar do zero em "semanas ou dias", principalmente por causa dos complexos sistemas de software envolvidos:
“Já havíamos feito muito trabalho de desenvolvimento nas minas de vibranium e tudo teve que ser empacotado e enviado para a DNEG. Mesmo se você estiver na mesma empresa e enviá-lo para um departamento diferente, empacotar tudo isso e fazê-lo funcionar requer muita graxa de cotovelo.”
Perry admitiu que DNEG foi pega em "desvantagem" devido às circunstâncias, mas felizmente, o estúdio ainda conseguiu fazê-lo a tempo da estreia do filme:
"A DNEG não teve tempo de polir suas filmagens tanto quanto outras empresas que trabalharam no filme por sete ou oito meses e foram pegas em desvantagem. Não estou dizendo que a DNEG é uma empresa ruim - eles têm um armário cheio de Oscars. Felizmente, eles aceitaram e realmente foi feito. Não teríamos conseguido de outra forma."
Fênomeno de bilheteria, o primeiro filme do Pantera Negra foi dirigido por Ryan Coogler e é estrelado por Chadwick Boseman como T’Challa/Black Panther, Michael B. Jordan como N’Jadaka/Erik “Killmonger” Stevens, Lupita Nyong’o como Nakia, Danai Gurira como Okoye, Martin Freeman como o agente Everett K. Ross, Daniel Kaluuya como W’Kabi, Letitia Wright como Shuri, Winston Duke como M’Baku, Angela Bassett como Ramonda, Forest Whitaker como Zuri e Andy Serkis como Ulysses Klaue.
Marcus Pedro
