Falando no podcast The Playlist, o escritor do Homem-Formiga, Joe Cornish, compartilhou novas informações explicando por que o diretor Edgar Wright deixou o projeto UCM em 2014. Cornish estava escrevendo o filme com o diretor Edgar Wright quando eles dirigiram o projeto, levando os dois a serem creditados pela história e roteiro mesmo após a saída de ambos do filme. Cornish começou a trabalhar com Wright na época em que o Hulk de Ang Lee estreou em 2003, muito antes de o UCM ser criado apenas como uma ideia. Isso foi em uma época em que os filmes de super-heróis não eram tão populares quanto são hoje, principalmente porque "o VFX não evoluiu a ponto" de as histórias em quadrinhos poderem ser retratadas com precisão na tela grande segundo o escritor.
"Quando Edgar e eu conhecemos a Marvel, eles estavam em escritórios acima de um showroom da BMW em Beverly Hills. Foi na época de 'Hulk' de Ang Lee, e [Jon] Favreau nem havia começado a trabalhar no primeiro 'Homem de Ferro'. Os 'Filmes de super-heróis' não eram uma coisa... Acho que porque os efeitos visuais não evoluíram a ponto de colocar o que estava na página na tela. Então, eles sempre sentiram que estavam buscando algo que não podiam alcançar."
Ele contou que "Trabalhamos em ['Homem-Formiga'] por cerca de oito anos, intermitentemente. E nesse tempo, a paisagem mudou completamente. A tecnologia mudou completamente. O público se apaixonou por filmes de super-heróis. Todas as coisas que as pessoas adoravam nos anos 50, 60, 70 e 80 nas histórias em quadrinhos foram repentinamente traduzidas na tela de uma forma realmente direta que nunca havia acontecido antes."
No final, a dissonância veio quando o UCM se expandiu para a enorme história interconectada que o tornou tão popular desde o início em 2008. Cornish explicou que "Edgar Wright faz filmes de Edgar Wright", enquanto a Marvel queria aproveitar o sucesso da franquia adicionando mais histórias interconectadas, e Wright pretendia contar a história do Homem-Formiga à sua maneira, levando à sua partida:
"Isso meio que nos ultrapassou no sentido de que a Marvel não queria necessariamente o filme de autoria que Edgar e eu queríamos fazer porque, naquele ponto, eles tinham esse gigante em suas mãos. Eles tinham esse universo onde os filmes tinham que se integrar. Edgar é um autor. Edgar Wright faz filmes de Edgar Wright. No final, é por isso que não aconteceu, eu acho."
Felizmente, Cornish não tem nenhum ressentimento em relação à Marvel por causa da separação, observando que "muitas coisas (deles) ainda estão lá" e que ele realmente gosta do filme. Ele explicou que as pegadas de Edgar Wright ainda estão por todo o filme graças ao envolvimento de Wright com o elenco e os designs, e ele pode ver a influência de Wright ao longo da história:
"Dito isso, muitas das nossas coisas ainda estão lá, e eu realmente gosto desse filme. os designs ainda estão nele. Ainda há algumas formiguinhas de Edgar Wright correndo invisivelmente nesses filmes.
O próprio Edgar Wright também observou que não há animosidade entre ele e a Marvel e que as duas partes se reconectaram desde a separação. Ele deixou o projeto MCU em 2014. Cornish estava escrevendo o filme com Wright quando eles dirigiram o projeto, levando os dois a serem creditados pela história e roteiro.
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