Falando no palco do Paley Center for Media de Nova York – via The Hollywood Reporter – o CEO da Disney, Bob Chapek, abordou o plano ousado de como o UCM, Star Wars e outras grandes franquias poderiam se expandir no futuro. Chapek discutiu como eles continuam a olhar para a Disney como "uma marca de estilo de vida", fazendo referência específica à nova comunidade adulta de "Storyliving" da empresa em Palm Springs, que tem como alvo aqueles que "têm mais tempo e gastos discricionários":
“Cada vez mais olhamos para a Disney como o que já é reconhecido como sendo para o consumidor: uma marca de estilo de vida.”
O chefe da Casa do Camundongo descreveu o Disney+ como o “hub” desse estilo com o objetivo de evoluir “com base em como você participa”. Essa personalização parece ser a peça central do objetivo da Disney de criar "narrativas de próxima geração", que inclui um novo "conjunto de ferramentas" para criar experiências de conteúdo únicas e pessoais. Esse plano permitirá que grandes marcas como a Marvel Studios e Star Wars criem um “próximo nível de narrativa, exclusivo para você”, com essas ferramentas sendo colocadas nas mãos dos executivos que lideram essas franquias:
“[Queremos] colocar essas ferramentas nas mãos de Kathy Kennedys, Kevin Feiges e Dana Waldens e ajudá-los a realmente criar o próximo nível de narrativa, que é exclusivo para você.”
Como parte desse plano, a Disney pretende permanecer relevante enquanto se prepara para comemorar seu centenário no próximo ano. Afinal, Chapek acredita que manter o modelo antigo levaria a Disney à “extinção”:
“Se apenas aderirmos rigidamente a esse modelo antigo, sabemos o que vai acontecer, certo? Você se extingue. E nosso desafio dentro da Disney é sempre tentar respeitar o passado e manter o máximo possível do passado. Mas quando o consumidor está lhe dizendo, é hora de passar para algo novo e fresco. Você tem que aceitar essa deixa.”
Quando perguntado se ele acredita que os blockbusters de cinemas estão realmente de volta aos negócios após a pandemia, o CEO confirmou:
“É difícil ter uma resposta ainda, mas a partir de nossa observação, os grandes filmes de sucesso certamente estão de volta. Algo além disso, é suposição".
Chapek continuou explicando como o ressurgimento dos blockbusters tem sido bom para a Disney, enquanto também questiona se os filmes em outras demografias voltarão de maneira significativa:
“Isso é bom para nós, a propósito, porque a maioria dos nossos filmes de bilheteria são aqueles sucessos de bilheteria, e sejam eles Lucasfilms ou Marvel ou Pixar ou Disney, é onde jogamos. Os outros gêneros, as outras demografias são um pouco mais desafiadoras. E a questão de que eles voltarão de uma maneira significativa, é, eu acho, algo ainda para ser visto, e é por isso que uma de nossas estratégias de distribuição é sempre a flexibilidade.”
O chefe da Disney explicou que, se esses gêneros ressurgirem, a empresa ficará "mais do que feliz" em levar esses filmes de volta aos cinemas. Mas se não, o Disney + agora oferece um curso alternativo para lançar esses projetos:
“Se eles voltarem, ficaremos mais do que felizes em voltar aos cinemas porque temos uma longa história de sucesso em mais de um fluxo de receita, mas se isso não acontecer, a boa notícia é que agora temos um negócio de streaming muito grande que podemos seguir em frente e redirecionar esse conteúdo para esses canais.”
Claramente, Bob Chapek vê o Disney+ como o centro do futuro para a próxima era de narrativa da empresa, pois oferece novas oportunidades. E o CEO da Disney certamente parece disposto a colocar essa nova tecnologia totalmente nas mãos de seus líderes de estúdio individuais para implementar em suas franquias como acharem melhor. O que é particularmente interessante é a promessa de desenvolver ferramentas para criar "experiências de conteúdo personalizadas", o que parece ser um bom sinal para quem quer ver mais variedade de conteúdos diferentes dentro da Disney+ sem precisar de outro streaming.
Coveiro
