C.B. Cebulski, editor-chefe desde 2017 da Marvel Comics, participou da Singapore Comic Con como parte do Singapore Media Festival. Incluindo o painel Breaking into the International Comics Market para empresas e artistas locais, ao lado de Artgerm, Derrick Chew, Zu Orzu e Rachta Lin, C.B. Cebulski deu conselhos para criadores de quadrinhos asiáticos que procuram a Marvel
Segundo fala retransmitida pelo THR, CB disse "Acho que veremos mais artistas promissores da Ásia procurando se concentrar em arte de interiores e narrativa sequencial, em vez de apenas trabalhos de capa" com estilos de arte se afastando de videogames e inspirados em formato de anime, em direção a um trabalho de linha mais desenhada à mão, pessoal e culturalmente influenciada, menos dependente da renderização por computador.
Como conselho para novos artistas, Cebulski disse: "Você tira dos quadrinhos o que coloca, então nunca perca sua paixão. Mas lembre-se, quando você escolhe trabalhar com quadrinhos, o trabalho não para quando você termina um roteiro ou desenha uma página; a agitação precisa continuar com escritores e artistas também servindo como líderes de torcida, relações públicas, gerentes de mídia social, contadores e muito mais. Não saia do seu trabalho diário até que você esteja financeiramente sólido como freelancer. Só porque você conseguiu sua primeira tarefa e contracheque não significa que você tenha uma carreira nos quadrinhos ainda."
Alguns sites como o Bleeding Cool, em réplica a essa sua fala, relembraram a polêmca envolvendo o pseudônimo anterior de C.B. Cebulski quando ele estava trabalhando no editorial da Marvel, ao mesmo tempo que inventou um falso escritor de quadrinhos japonês de nome Akira Yoshida, a fim de começar a escrever primeiro na Dark Horse e depois na própria Marvel, fora do seu trabalho pela Marvel.
Ele fez isso por conta das práticas restritivas de contratação criativa para funcionários da empresa na época, sem que seus colegas editores soubessem. Amplamente criticado quando foi descoberto, e relembrando quando CB Cebulski foi nomeado editor-chefe. Mas isso era mais uma crítica do mercado interno, nunca estrangeiro. Sempre foi notável que muitas das críticas não vinham de criadores asiáticos ou asiático-americanos. Esses na época falaram positivamente de Cebulski como um homem que se esforçou para contratar tais talentos na Marvel e, nos anos desde então, vimos um influxo de talentos asiáticos e asiáticos americanos na editora, bem como tantos acordos fechados na Marvel com editoras coreanas e japonesas, e um aumento de personagens asiáticos no mix da Marvel.
Sua aparição na Singapore Comic Con, bem como na Tokyo Comic Con antes disso, promovendo a Marvel como um lugar para trabalhar e buscar novos talentos é uma extensão dessa prática. Ele também estará assinando na Marvel Store em Tóquio neste fim de semana.
Coveiro
