domingo, 10 de janeiro de 2021

Eternos: Voltando dos mortos, um pouco diferentes!

 Os Eternos estão de volta, e a primeira edição da minissérie assinada por Kieron Gillen e Esad Ribic saiu na última quarta-feira com um ar muito diferente do que já acompanhavamos anteriormente nos personagens. Antes personificados com um clima muito mais místico e divino, esse grupo criado pelos Eternos toma aqui uma vertente muito mais sci-fi, bebendo um pouco até do que anteriormente Jonanthan Hickman imaginou para os personagens.


A última vez que o vimos os Eternos com vida foi no arco "Dark Celestials" nos Vingadores de Jason Aaron. Ikaris, que foi o último a morrer nos braços do Homem de Ferro, balbuciava loucamemnte que eles eram uma mentira. Hoje, é ele quem desperta por último de sua nova ressureição. Quando ressurge nú de sua câmara, repete suas diretrizes - Proteger os Celestiais, Proteger a Máquina e corrigir o excesso de Deviantes. O computador que o despertou cita que ele (e os demais) tiveram um "mal funcionamento" e por isso deveria passar por mais testes. Obviamente, sempre sendo um rebelde, Ikaris não quer demorar ali e pula essa parte.

O lugar onde foi despertado é chamado de "A exclusão" e é localizado no extremo polo sul. É um dos poucos lugares que faz parte da mitologia de seu povo. Um primeiro extra dessa edição apresenta os demais lugares e/ou grupos os quais os recém-ressuscitados Eternos estão. Temos Olympia, Polaria, Celestia, Oceana, os  e alguns outros. Parte das informações ali são ainda desconhecidas mesmo para os leitores antigos ou mesmo estão 'censurados'.



Outro elemento que aparece de cara na edição é o conceito de UniMente. Antes definido como uma habilidade fantástica do grupo em que as mentes, forças de vontade e sabedorias se unem como se fosse uma só. Nessa revista, parece que o conceito é expandido. É definido como um tipo de pensamento único, uma política única que o grupo deve ter. No caso, a decisão parece ser sempre encabeçada por Zuras. Mesmo sendo algo que parece ser uníssono, nem sempre é assim. Ikaris é um que costuma questionar as decisões.

A pedido de Zuras, Ikaris vai libertar mais um Eterno preso na exclusão. É Sprite, que na minissérie dos Eternos de Neil Gaiman se revelou o vilão, ganha aqui sua liberdade. Desta vez, no entanto, Sprite volta como uma garota (provavelmente para parear com a escalação do filme) e mais tarde é explicado que de tempos e tempos, os Eternos podem assumir formas diferentes em seus 'back-ups' quando ressuscitados. Assim que é libertada, Sprite faz aquilo que esperam dela, começa a aprontar. Quando se teleporta para Nova York, fica admirada com os avanços tecnológicos da humanidade.

Uma coisa importante que vale ressaltar é que nitidamente Sprite não lembra o que fez no passado nessa sua nova vida. Questiona Ikaris sobre o que ela fez naquela época e ele revela que por conta de sua forma eternamente infantil, Sprite tentou destruir a máquina e com isso acabar com tudo. A conversa dos dois é interrompida com a chegada do Homem de Ferro que quer saber se por um acaso eles vão enlouquecer mais uma vez (como em Vingadores #4). Aqui somos lembrados dos motivos pelos quais os Eternos enlouqueceram ao ponto de se matar. Eles simplesmente não mais viram sentido em suas existências. Agora, nessa nova ressureição, Ikaris garante que eles estão melhores.

Falando em sentido de existência, logo depois daquela conversa, Ikaris e Sprite ouvem um chamado para ir atrás de um Deviante. Descem ao esgoto da cidade e encontram um dos seus inimigos atacando um humano. Aquele Deviante é um dos grandes, mas a dupla consegue facilmente derrubá-lo. Após a briga, os dois voltam a circular pela cidade até que finalmente atravessam um portal. Desta vez, rumam para Olympia.

Ao chegar na cidade eterna se deparam com Phastos (também diferente aqui) e descobrem que Zuras foi morto. Foi morto por estrangulamento causado por alguém muito forte logo depois de Ikaris libertar Sprite. Phastos salientou que o assassino usou a network deles pra entrar e não pode ser indentificado. Provavelmente, foi outro Eterno. Druig aparece nesse instante, levantando um monte de suspeitas e acusando tanto Sprite como Ikaris. O certo é que a Máquina provavelmente ressuscitará Zuras e aí ele mesmo pode dizer quem foi que o assassinou.

Ikaris decide investigar mais com Sprite para saber quem poderia ter viajado pela Network sem a máquina saber e com isso a investigação o leva para Titanos. Essa foi a primeira cidade dos Eternos na nossa Terra e hoje é só ruinas. Enquanto circulavam por lá, os dois virão imagens de diferentes tempos. Em um deles, que Ikaris não reconheceu, ele aparecia lamentando a morte de um humano de 13 anos. Então, temos a revelação de que Thanos estava escondido em meio as ruínas. Mas o que o Eterno de Titã estava fazendo ali?

Está na cara que Kieron Gillen veio aí pra reformular a nova direção dos Eternos. Depois da morte traumatica deles no primeiro arco dos Vingadores, certamente era preciso uma novo sentido pra existência do grupo. E pela experiência do roteirista, podemos ter aí uma verdadeira renovação de sucesso dos personagens. É uma boa base pra quem for ver o filme no final do ano.


Coveiro

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